terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A regra dos três terços


Boas…

A regra dos três terços é muito simples. Imagina que a cena que queres captar está dividida em três terços horizontais e três terços verticais. (figura ao lado)

Isto quer dizer que existem duas linhas horizontais e duas linhas verticais. As intersecções dessas linhas originam quatro pontos. Esses quatro pontinhos, aparentemente insignificantes, são a chave da regra dos três terços.

Estudos realizados revelaram que o nosso cérebro funciona (quando funciona) de modo que quando observamos uma fotografia, inconscientemente, a nossa atenção é atraída para esses pontos. Uma vez que esses pontos despertam a nossa atenção, fazendo a ligação dos mesmos acabamos por obter linhas que captarão grande parte da atenção de quem olha para a fotografia. (representadas a azul)

Uma vez que essas linhas atraem a nossa atenção, ao fotografar devemos colocar sobre elas o objecto que pretendemos destacar. Por exemplo, ao fotografar uma cena em que queremos destacar uma pessoa em pé (ou outra coisa qualquer), convém posicionar essa pessoa sobre uma das duas linhas verticais. Ao fotografar o mar, se quisermos destacar um navio, convém colocá-lo sobre uma das duas linhas horizontais. É tão simples quanto isto: posicionar sobre uma das linhas o que pretendemos destacar na imagem.

Esta é sem dúvida uma das principais regras da fotografia! Podes ter a certeza de que se a colocares em prática as tuas imagens terão melhor qualidade, contudo não faças de ti um fotógrafo algemado às regras. Aprende as principais regras da fotografia, põe-nas em prática sempre que achares conveniente, mas não te esqueças da mais importante de todas elas: as regras existem para serem quebradas!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Fotos vs mau tempo


Boas…

Todos nós estamos fartos de acordar, olhar pela janela, e se estiver mau tempo cancelamos tudo o que já estava programado. Chuva e frio são sinónimos de ficar em casa bem aquecidos e não querer fazer mais nada.

Muita gente (quase toda gente) pensa que o mesmo acontece com a fotografia. Ou seja um dia de mau tempo não é propício para fotografar. Esta ideia surge porque associamos a fotografia a coisas belas e o mau tempo a dias feio. Portanto a conclusão é imediata: fotos bonitas não combinam com dias feios.

Ai… essas conclusões precipitadas! Uma pessoa não tem que sorrir para que a fotografia fique bonita. Há milhões de fotos espectaculares com pessoas que dispensaram o habitual sorriso forçado. O mesmo acontece com o dia. O dia não precisa sorrir para a tua lente para que captes um belo instante. As nuvens e a chuva também têm a sua graça.

Há muitos fotógrafos que preferem dias de mau tempo. Nesses dias o céu está carregado de nuvens, o que faz com que, esporadicamente, alguns raios de sol as perfurem, dando uma iluminação diferente a cena. Com isto consegues imagens ricas, em termos de contrastes, sendo que algumas partes do teu cenário estão iluminadas e mesmo ao pé há outras partes não iluminadas.

Outra grande vantagem de um dia de mau tempo tem a ver com as poças de água. Normalmente os rios e lagos são utilizados para espelhar a imagem, mas não há rios e lagos por toda a parte. Daí que um dia de chuva pode ser bem aproveitado para obter esse efeito de espelho.

Portanto já sabes, quando acordares, olhares pela janela e estiver mau tempo, mais uma vez cancela tudo o que já estava programado. Só não fiques em casa. Vai captar umas belas imagens!

sábado, 4 de dezembro de 2010

A hora mágica


Boas…
Já falamos da câmara perfeita para ti e já vimos que o tripé pode fazer a diferença nas tuas imagens. Será que já podes sair por aí e fazer disparar a máquina? Podes, mas é importante que saibas escolher o momento para disparar.

Sem dúvida nenhuma que podes conseguir captar uma grande imagem ao meio dia, com o sol no seu auge. Definitivamente podes fazer uma foto lindíssima durante a noite, sem um único raio de sol. Mas garanto-te uma coisa: é muito mais provável que consigas essa tal imagem espectacular se clicares exactamente na hora mágica.

A hora mágica só acontece duas vezes por dia: ao nascer e ao pôr-do-sol. Para ser mais preciso a primeira hora mágica do dia acontece desde meia hora antes até meia hora depois do nascer do sol. A segunda hora mágica do dia acontece desde meia hora antes até meia hora depois do pôr-do-sol.

Isto porque durante a hora mágica as cores tornam-se mais bonitas, consegues grandes sombras, grandes contrastes, os raios de sol parecem rasgar o céu e o próprio céu ganha cores impossíveis em qualquer outro momento.




Para teres uma noção de quão mágica é esta hora, digo-te que já li artigos de grandes fotógrafos, nos quais afirmam que mais de 90% das suas melhores imagens são captadas durante a hora mágica. Digo-te mais, a grande maioria das imagens escolhidas por revistas como a “National Geographic” foram, também elas, captadas durante a hora mágica.

Por isso um bom truque para conseguires boas fotos é:

- Procura na net qual será o momento do nascer ou do pôr-do-sol do dia seguinte;

- Escolhe um sítio para fotografar, tendo em conta que o sol nasce a Leste e põe-se a Oeste;

- Prepara o teu equipamento;

- No dia seguinte, meia hora antes do nascer ou do pôr-do-sol tens que estar com tudo preparado no local escolhido;

- A partir daí tens uma hora para conseguires uma imagem mágica.

Portanto a ideia é a seguinte: Será que podes fazer grandes fotos sem ser na hora mágica? Poder podes, mas não é a mesma coisa!

O tripé


Boas…

Quantos de nós já parou para pensar no motivo que leva os fotógrafos profissionais (e não só) a andar sempre com um tripé às costas? Será que eles descobriram que com cinco pés anda-se melhor do que com apenas dois?

Não, não é (só) por isso que os fotógrafos profissionais são quase inseparáveis dos seus tripés. Este acessório pode ter um papel fundamental na qualidade das tuas imagens.

Em muitas ocasiões não dá muito jeito ter um tripé à mão. Em situações de algum tumulto como numa manifestação, por exemplo, serão apenas mais três pés para tropeçares.

Por outro lado quando fotografas paisagens, por exemplo, o tripé pode ajudar-te e muito. Desde logo a maioria dos tripés contém um nível de bolha. O nível de bolha é como que uma pequena cápsula, quase cheia por um liquido, de modo a formar uma bolha. Esta bolha permite verificar se a máquina esta numa posição horizontal perfeita ou não. Após montar a máquina no tripé, presta atenção a essa tal bolha. A câmara só estará numa posição perfeita quando a bolha estiver no centro da cápsula. Aí sim, podes clicar à vontade, porque as tuas fotos terão melhor qualidade.

O tripé é fundamental para obteres imagens não tremidas, principalmente imagens nocturnas. Repara que mesmo que tentes ficar imóvel ao tirar uma fotografia, para que ela não fique tremida, nunca conseguirás uma imobilidade total. Até porque para captares a imagem terás que carregar no botão e, como é óbvio, a máquina deixará de estar completamente estática.

Mesmo quando usares um tripé podes recorrer a um pequeno truque. Em vez de clicares no botão para que a máquina dispare imediatamente, podes programá-la para disparar depois de alguns segundos. Deste modo clicas e largas a câmara de modo a ela ficar completamente estática. No momento do teu click ela tremerá um pouco, mas depois de alguns segundos, no momento do disparo, ela estará completamente estática.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Qual é a máquina ideal para mim?


Esta é a primeira pergunta que fazemos quando queremos comprar uma máquina fotográfica. Na realidade não existe uma resposta universal a esta pergunta. Neste caso cada caso é mesmo um caso.

A meu ver vai depender muito do teu perfil e sobretudo da utilidade que a máquina terá para ti. O melhor que posso fazer é dar-te umas dicas sobre os tipos de máquinas que o mercado oferece e por fim indicar-te alguns aspectos de extrema importância que deverás ter em conta.

Tipos de máquinas

Máquina compacta
Estas são as máquinas que estamos habituados a ver por aí. São pequenas e leves, o que facilita muito o seu transporte. Além disso são máquinas com várias funções automáticas o que ajuda muito, principalmente quando atrás dela está um fotógrafo sem muita experiência.

Para quem pretende apenas imortalizar as saídas com os amigos ou as férias em família esta máquina é perfeita! No entanto não é uma máquina que te vai permitir obter grandes obras de arte, capazes de deixar o mais experiente dos fotógrafos profissionais a morder-se de inveja.

Hoje em dia estas máquinas apresentam uma boa resolução, estão equipadas com baterias com boa autonomia e são as mais baratas do mercado.

Máquinas semiprofissionais
Estas máquinas estão num patamar acima das compactas e como é óbvio isso também reflecte-se no preço. Estas já podem chegar as centenas de euros com facilidade. Upsss!

Neste tipo de máquinas já podes encontrar funções não automatizadas, o que te dá maior liberdade. Ou seja, nem todas as opções serão tomadas pela máquina de forma automática e assim poderás mostrar um pouco do artista que há em ti (se é que há).

Aconselho estas máquinas a pessoas que não querem simplesmente registar os seus melhores momentos. São para aqueles que já arriscam uns toques artísticos.

Máquinas reflex
Este tipo de máquina representa, realmente, o topo das máquinas digitais. O fotógrafo tem liberdade máxima para tomar as decisões por si só, sem grandes ajudas de mecanismos automáticos da máquina. Conceitos como plano de focagem, abertura, velocidade do obturador, etc. passam a ser definidos manualmente de acordo com a imagem pretendida. Irei abordar estes conceitos em outros artigos.

As máquinas reflex permitem também a utilização de diferentes lentes (também conhecidas por objectivas). Pode-se querer uma lente para grandes zoom e fotografar uma cena há grandes distâncias; uma para fotografias macro e captam-se, por exemplo pequenos insectos; uma outra lente para fotografias de até 180 graus, enfim… uns brinquedos que podem sair muito caro ao pai Natal.

De uma forma resumida eu diria que antes de comprares a tua máquina deves ter em conta a quantidade de dinheiro que queres/podes gastar (a crise está aí para todos, ou quase) e para que fins queres a máquina. Há outro aspecto que eu acho muitíssimo importante que é pegares na máquina antes de a comprar e simulares que estás a fotografar. Não, não vais parecer um maluco. Vais antes parecer um(a) gajo(a) que percebe muito disto e que não compra uma máquina só por ser cor-de-rosa e ter uma imagem da Hello Kitty (Ai... pensando bem eu também quero uma ssim). Isto é importante porque permite-te sentir se a máquina fica ou não confortável nas tuas mãos. É a única forma de saberes por exemplo se alcanças os botões de forma prática e se outros pequenos detalhes agradam-te.

Portanto não te esqueças: independentemente de a comprares numa loja, num Web site, ou em segunda mão, tenta antes encontrar uma do mesmo modelo, numa loja qualquer, e testa o conforto que ela te dá.

Portanto, feliz Natal e uma próspera máquina nova!

Bem-vindo ao click-nick!


Boas…
Antes de mais achei por bem explicar o nome do blog. Lembro-me que quando era criança, se a brincadeira envolvesse qualquer coisa a ver com fotografia, reproduzíamos o som das máquinas com um inocente e cómico “click-click”. Muito provavelmente também dizias algo parecido.

A minha primeira escolha para nome do blog foi “click-click”. Contudo alguém teve a mesma ideia e esse nome já tinha sido atribuído a outro blog (o gajo roubou-me a ideia e ainda faço publicidade ao blog dele).

Desisti dessa ideia, que remédio… Os meus amigos chamam-me Nick e até é parecido com “click” (plim… acendeu-se uma lâmpada, tive uma ideia, triste ideia) porque não “click-nick”?! O objectivo é o mesmo: simular o som de uma máquina fotográfica, mas agora tens de aceitar que esta já não é uma máquina qualquer. Esta é no mínimo uma máquina muito particular. Oh meu Deus, só espero que daqui para frente deixe de ter ideias idiotas como esta.

Bom… agora vamos ao que realmente interessa. Este blog será dedicado a fotografia. Sou amador, gosto de fotografia há alguns anos, mas só há pouco tempo comecei a olhar para isto com olhos de ver. É realmente incrível cada técnica e cada detalhe que devem ser tidos em conta antes de clicar.

Sei que há muita gente, amadora como eu, que adora fotografia mas que ainda acha que tudo se resume a uma máquina e um indicador que aperta o botão. Neste blog vou mostrar-te que esse tal indicador a apertar o botão é o último e o menor dos detalhes. Antes desse detalhe deves ter em conta muitos pequenos “truques” que no fim fazem toda a diferença.

Como já disse sou apenas um amador, muito provavelmente como tu, por isso não tenhas qualquer hesitação em comentar os artigos e as fotos que vou publicar de hoje em diante.